domingo, 21 de junho de 2009

Foi com muita preocupação que li o artigo publicado no JN, sobre o tão famoso “CHEP” tendo verificado que o mesmo não referia as consequências que a sua introdução pode trazer para toda uma classe operária, designada por OPERADORES DE POSTO DE PORTAGEM.

Começo por referir que o projecto político não passa de mais uma correcção das asneiras cometidas pelos nossos políticos.

Quando em 1995 o Eng. António Guterres, querendo ser Primeiro-ministro, teve a infeliz ideia de isentar portagens em certas zonas do País, de criar as Scut´s, sem avaliar o impacto que estas medidas teriam no orçamento de estado, estava a dar o primeiro passo para o descalabro que hoje se assiste, na gestão das estradas em Portugal.

Agora temos s salvação com a colocação do CHEP nas matrículas. Será?

Se temos um sistema de cobrança virtual nas nossas auto-estradas, qual a necessidade do CHEP. Se o que está basicamente em causa é o pagamento das portagens nas Scut´s, não temos a Via Verde? Então para quê o CHEP? Só encontro uma resposta: mais um negócio.

Com tanta preocupação com o desemprego em Portugal, cria-se um sistema que pode atirar para o desemprego mais de 2000 trabalhadores. E depois quem é responsável?

Se nada for feito para proteger os Operadores de Portagem, nas empresas onde trabalham, temos um crime praticado pelo poder político, que vai originar uma situação muito crítica nestes trabalhadores.

Assistimos diariamente em vários sectores da nossa sociedade, há falta de responsabilidade, do “atira a pedra e esconde a mão”por parte do poder político, que não houve ninguém, governa com arrogância, e esquece o elementar, que é proporcionar um Pais melhor para quem nele vive.

Já agora: em quem moldes se vai processar o cancelamento dos contratos de concessão, das empresas que exploram as Scut´s. Isso é que era importante saber, mas como sempre morre no segredo dos Deuses.